domingo, 16 de dezembro de 2012
Acender um sonho!
Nos dias cinco e treze de dezembro de 2012, seis turmas do primeiro ciclo do Centro Escolar Poeta Ruy Belo e do Centro Escolar N.º 2 brincaram com fósforos na Biblioteca ...
Acalmem-se os nossos leitores, pois os fósforos que estiveram nas mãos dos nossos alunos não continham pólvora mas o poder extraordinário de deixar atrás de si uma esteira de poeira luminosa apenas visível no coração imaculado das crianças e apenas nesta época mágica do ano.
Com o objectivo explícito de levar os alunos a experimentar um espetro vasto de emoções e sentimentos como a comoção e a empatia e despertá-los para problemáticas de grande acuidade social tais como a pobreza, a desestruturação no seio familiar ou a exclusão social, foram dinamizadas várias sessões de promoção do livro e da leitura intituladas: “Natal na Biblioteca".
Acalmem-se os nossos leitores, pois os fósforos que estiveram nas mãos dos nossos alunos não continham pólvora mas o poder extraordinário de deixar atrás de si uma esteira de poeira luminosa apenas visível no coração imaculado das crianças e apenas nesta época mágica do ano.
Com o objectivo explícito de levar os alunos a experimentar um espetro vasto de emoções e sentimentos como a comoção e a empatia e despertá-los para problemáticas de grande acuidade social tais como a pobreza, a desestruturação no seio familiar ou a exclusão social, foram dinamizadas várias sessões de promoção do livro e da leitura intituladas: “Natal na Biblioteca".
A obra escolhida foi a muito comovente história de "A menina dos fósforos" do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, tendo a mesma servido de ponte para uma reflexão conjunta do que podemos fazer, enquanto cidadãos, para evitar a pobreza, a indiferença pelo sofrimento do outro e combater outras chagas sociais.
No final da narração os alunos foram convidados a riscar um fósforo e a acender um sonho ou a visão de um mundo melhor. As visões que assombraram os nossos pequenos leitores foram no mínimo surpreendentes. Enquanto muitos se viam a enfeitar uma lindíssima árvore de Natal na companhia de familiares, outros vislumbraram cenas mais inusitadas. Houve alunos que, de olhos fechados e fósforo encostado à cabeça, conseguiram ouvir o clamor da multidão a chamar por eles enquanto marcavam golo no maior estádio do mundo. Um outro aluno sentia-se voar por cima de um campo de flores infinito onde estavam muitas crianças a rir.
Num mundo que a par da perda progressiva dos bens materiais assiste a um declínio de valores morais, e onde se torna cada vez mais difícil sonhar, contamos com as crianças para ensinarem aos mais velhos que nós não somos o que possuímos, apenas possuimos o que somos!
Independentemente das nossas origens, dos bens que acumulámos, apenas valores imateriais nos podem definir enquanto pessoas.
Se tivermos de caminhar descalços sobre a neve, recordemos as riquezas das quais nada nem ninguém jamais nos poderão expoliar: a nobreza da alma, a honestidade dos sentimentos e, acima de tudo, a força do espírito!
Feliz Natal meninos e meninas! Nunca se esqueçam de sonhar, e se um dia mais tarde, quando já não acreditarem em fósforos mágicos, tiverem dificuldade em fazê-lo, releiam esta história com final trágico mas capaz de inundar com poesia o nosso imaginário.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Cair no Infinito- The flying Books of Mr. Lessmore
No dia 29 de outubro e ainda a propósito das comemorações do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares, os alunos do 4.º G do Centro Escolar N.º 2 foram convidados pela BE a aventurarem-se pelos caminhos inusitados da leitura através do visionamento do filme The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore.
Este maravilhos filme de animação, que teve como fontes de inspiração o furação Katrina, Buster Keaton, O Feiticeiro de Oz, e claro o amor pelos livros, é uma criação dos galardoados autores William Joyce e Brandon Oldenburg, e constitui uma poética e confrangedora alegoria sobre os poderes curativos da leitura.
E
Vencedor de um Oscar em 2012, usa uma grande variedade de técnicas de animação (miniaturas, animação computorizada, animação em 2D) num estilo híbrido que nos transporta para o cinema mudo e o musicais technicolor da MGM.
Simultaneamente antiquado e inovador, o filme ilustra a capacidade de o ser humano se elevar e se transcender através dos livros que poisam nas nossas vidas e enriquecem a partitura da nossa existência.
Leiam aqui os melhores interpretações deste hino à leitura.
Levar os livros pela mão
Era uma vez um senhor chamado
Lessmore. Ele era escritor mas passado algum tempo veio uma ventania que levou
casas e pessoas e espalhou as letras doo livro que o Sr. Lessmore andava a escrever.
O Sr. Lessmore foi parar a outro
mundo. Ele foi parar a um sítio onde apareceu a antiga bibliotecária que lhe
deu um livro. Esse livro levou-o a uma biblioteca onde havia livros que voavam
e tocavam piano. No final do dia ele foi-se deitar num livro. De manhã, os livros
acordaram-no, vestiram-lhe o casaco e a camisola. De seguida ele deu cereais de
letras aos livros. O livro levou o Sr. Lessmore a um livro doente.
Aí o Sr. Lessmore tornou-se médico de livros e logo a seguir ele foi para o
laboratório onde o livro ajudante lhe disse para começar a ler o livro doente.
Ele foi lendo o livro e o livro foi ficando melhor até que ressuscitou.
Ele ficou bibliotecário e as
pessoas começaram a ir buscar livros à sua biblioteca e a levá-los pela mão.
Quando O Sr. Lessmore ficou idoso e acabou a sua carreira, os livros puseram-no
mais novo e levaram-no para o céu.
José Pedro Henriques da Luz – 4.º
G
Os livros fazem-nos voar
Era uma vez um Sr. chamado
Lessmore e que era escritor. Um dia houve um furacão e os livros ficaram sem
letras nenhumas, as casas viradas do avesso, e as coisas desorganizadas. Ele ia
a andar na rua quando viu uma fada dos livros e lhe deu um. Esse livro levou-o
a uma casa dos livros – biblioteca- e o Sr. Lessmore ficou a viver lá e dormia
em cima de um livro.
Um livro velho, quase
despedaçado, ao tentar voar, ficou sem folhas. Então ele fez a sua recuperação.
Ele passou a cuidar dos livros todos os dias como um pai.
Passado algum tempo ele começou a
ser bibliotecário e as pessoas começaram a requisitar livros. E ele, também
passado algum tempo, acabou de escrever o seu livro. Já era idoso e morreu mas
os livros deram-lhe a vida infinita na parede da biblioteca. A história
recomeça quando uma menina vai de novo à casa dos livros.
Os livros são mágicos, fazem-nos
voar. Essa é a mensagem da história.
João Esteves – 4.º G
O céu dos livros
Era uma vez um senhor escritor
chamado Morris Lessmore. Ele estava um dia sentado na sua varanda a escrever
livros quando chegou uma enorme tempestade e destruiu a sua cidade.
Depois da tempestade ele foi
passear pela cidade destruída onde encontrou um anjo dos livros a voar. Um livro
chegou ao pé do Senhor escritor e disse-lhe para partir com ele. Quando
Lessmore chegou onde o livro o mandara, entrou numa biblioteca e encontrou
milhares de livros.
Depois de alguns anos o Senhor
Escritor passou a ser bibliotecário e foi ficando idoso, e tal como o outro
anjo, foi para o céu dos livros. Chegou depois uma menina e
aconteceu-lhe exatamente o mesmo.
Moral da história: o que há nos
livros pode sempre ser realidade.
Laura Rebelo Lourenço 4.º G
Um Pai para os livros
O senhor Morris Lessmore era um
escritor mas, de repente, apareceu um ciclone e ele foi parar a um mundo
desconhecido onde tudo o que lá havia de pessoas que não liam livros eram a
preto e branco.
O senhor Morris Lessmore encontrou então um amigável personagem que o conduziu até uma biblioteca de livros voadores
onde encontrou um livro danificado e tornou-se numa espécie de médico dos
livros. Ele tentou tudo o que podia até que o amigável personagem lhe disse
para ler o livro estragado e esse livro ficou como novo.
Ele no resto dos dias era como um
pai para os livros e então ficou a envelhecer e a envelhecer, e quando acabou
de escrever a sua biografia, os livros deram-lhe a eternidade.
Moral da história: Na tua
imaginação tudo é possível.
João Cordeiro – 4.º G
O Deus dos Livros
Tudo começou com um homem que
estava a habitar num hotel. De repente veio uma tempestade que acabou por levar
o homem que se chamava Lessmore. Ele estava a escrever um livro mas como o
vento era muito forte, levou-lhe as letras e o livro também voou.
O Lessmore foi atrás do livro
enquanto voava e o livro foi parar a uma casa onde o Lessmore o foi buscar. Quando
a tempestade acalmou, a casa caiu no chão e o Lessmore também porque a porta da
casa se abriu.
O homem foi para outra dimensão e
foi parar a uma biblioteca onde havia livros vivos e o Lessmore ficou amigo
deles.
Lessmore, naquela biblioteca teve
várias profissões que foram médico dos livros, bibliotecário e escritor. Ele
gostava dos livros como os livros dele.
À medida que foi trabalhando
naquela biblioteca foi envelhecendo. Quando chegou ao seu ponto de velhice, os
livros puseram-no novo e tornaram-no num deus dos livros.
E depois veio uma menina para
ficar com o cargo do Sr. Lessmore.
Alexandre Romanov Agostinho – 4.º
G
Os livros ganham vida
Era uma vez um senhor que se
chamava Morris Lessmore que estava na varanda de um hotel a escrever no seu
livro. Entretanto veio um furacão que levou tudo para longe. Tudo começou a
voar e os livros do Senhor Lessmore voaram para muito longe.
Logo a seguir ao furacão aterrou
num lugar onde as pessoas estavam a preto e branco. Ele pegou no seu livro que
tinha perdido todas as suas frases e na sua bengala, e quando estava a passear
por aquele lugar encontrou uma menina que estava a voar com livros e lhe deu um
dos seus livros.
O livro mandou-o seguir até que chegaram a uma biblioteca onde
havia livros a voar. O livro amigo do Sr. Lessmore tocou uma música e eles
dançaram.
O Sr. Lessmore começou a cuidar
dos livros. Até leu um livro que estava a desfazer-se e o livro ganhou vida.
Entretanto foi ficando idoso e acabou a história do seu livro. Os livros voadores
fizeram-no ficar mais novo e ele voou como a menina que voava com livros.
Foi então uma menina à Biblioteca
e ela começou a viver e a conhecer a história daquela Biblioteca.
Eu aprendi que os livros ganham
vida!
Thamyres Azevedo 4.º G
Era uma vez um homem chamado
Lessmore. Ele era leitor de grandes textos. Ele estava num hotel quando de
repente veio um furacão gigante e o furacão levou tudo pelos ares. Abriu-se um
buraco negro e levou tudo para outro mundo, o mundo dos livros.
Aí ele foi
procurando pessoas até que encontrou uma fada dos livros. Ela deixou com ele um
livro voador. O livro levou-o a uma biblioteca onde havia livros vivos. Eles
andavam e voavam. Os livros ensinaram-lhe a vida da fada dos livros e ele lá
foi aprendendo, até que um dia de manhã ele encontrou um livro que estava meio
morto. Então ele fez de médico e salvou-o. Ele foi dando livros às pessoas até
ficar muito velho mas os livros fizeram-no novo. Quando ele se foi embora veio
logo outra menina e tudo voltou ao princípio.
João Nunes 4.º G
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Dia da Biblioteca Escolar
“Não haverá outra forma de incentivar a criança para a leitura
senão a de proporcionar-lhe desde o início da aprendizagem, leitura de prazer.
Aprender a ler é, em muitos casos, um tempo penoso – letras que formam sílabas,
sílabas que formam palavras, palavras que formam frases, frases que enformam
sentidos… Para que esse tempo seja de regozijo pessoal para o pequeno leitor e
ele passe a entender a leitura como algo mais do que uma aritmética de sílabas,
há que demonstrar-lhe que a leitura é o prolongamento da fala e da alegria de
ouvir contar, do ouvir ler.”
Já os alunos do 3.º e 4.º anos da Escola sede, assim
que espreitaram a capa da obra que iria ser lida, e porque integra o seu manual
de português, imediatamente identificaram a belíssima obra de Colin Mcnaughton
e Satoshi Kitamura: Era uma vez um dia
normal de escola. O que começa por ser uma história banal de um dia normal, igual a
tantos outros, em que um rapaz, também como tantos outros, que faz o seu
percurso habitual até à escola, como normalmente faz, conhece um desfecho
inspirador quando este rapaz normal conhece um professor absolutamente
EXTRAORDINÁRIO! Era uma vez um dia normal de escola é um livro imperdível que nos
leva à descoberta do imaginário das crianças, através da força inspiradora e
poética da música. É também útil para demonstrar de que forma pode um professor
inspirar e motivar uma turma inteira. De realçar por último a fusão harmónica
entre texto e imagem, em que ambos os suportes ajudam a criança a reconhecer os
mecanismos essenciais de descodificação de mensagem escrita relacionando-a com
as mensagens visuais. No fim da história, uma menina do 3.º ano explicou:
“Pois, foi por isso que no princípio era tudo cinzento e depois de ele conhecer
o professor ficou tudo colorido e feliz!”.
Quem melhor do que António Torrado saberia descrever a nossa
demanda enquanto técnicos e amantes do livro? Indubitavelmente somos a
caixa de ressonância natural da partitura musical inscrita em cada livro.
Também segundo esta Sheherazade dos tempos atuais: “Cada história guarda a voz
de quem a contou ou leu, a que vai acrescentar-se a voz de quem pela primeira
vez vai desvelá-la, descobri-la, lê-la.”
Saber ler é uma técnica. Deixemo-la para a sala de aula. Amar ler
é um vírus contagioso impregnado de paixão que nos compete inocular
precocemente na Biblioteca. Já dizia Danniel Pennac que o verbo ler não suporta
o imperativo. É uma aversão que compartilha com outros: o verbo amar… o verbo
sonhar.
Ler
não pode ser reduzido a uma simples aquisição de mecanismos lecto escriturais.
Ler fomenta a descoberta do mundo envolvente e interior. No coração da
história, todos os possíveis podem ser experimentados. Os livros para crianças
são utensílios feitos à sua medida a partir dos quais elas confrontam as suas
vidas com as histórias e aprendem a pensar por si próprias. Nada nem ninguém
poderá impedir o sujeito leitor de poder pensar em liberdade. A literatura
resiste a todos os poderes ditatoriais, por muitos livros que se queimem ou
censurem.
Evitar a pedagogização da leitura e outras preocupações terapêuticas em
excesso que podem conduzir à destruição do prazer das crianças em ler continua
a ser o denominador comum de todos os que levamos em diante a missão de ajudar
a crianças a pensar e a viver o mundo.
Decorreu a primeira formação de utilizadores deste ano letivo para os alunos do Pré-escolar e do 1.º ano do Centro Escolar n.º 2 e para quatro turmas do 1.º Ciclo da EBI Fernando Casimiro Pereira da Silva nos dias 27e 28 de setembro e 8 de outubro de 2012.
Decorreu a primeira formação de utilizadores deste ano letivo para os alunos do Pré-escolar e do 1.º ano do Centro Escolar n.º 2 e para quatro turmas do 1.º Ciclo da EBI Fernando Casimiro Pereira da Silva nos dias 27e 28 de setembro e 8 de outubro de 2012.
Os alunos tiveram ainda a oportunidade de
conhecer as regras de comportamento e de utilização da Biblioteca Escolar. De seguida
foi dada a conhecer de forma simplificada a organização da Biblioteca por cores
e números de acordo com as regras de classificação decimal universal e
analisado o Guia do Utilizador da Biblioteca.
Todos os alunos tiveram ainda a oportunidade de ficar a par dos concursos implementados mensal e periodicamente e conhecer melhor uma figura
incontornável da literatura infanto-juvenil, Luísa Ducla Soares, que celebra quarenta anos
ao serviço da escrita e foi também a autora eleita para “O escritor do Mês”, uma das
rubricas mensais da Biblioteca Escolar.
E claro que a vinda destes nossos pequenos leitores teria de ser brindada com uma sessão de leitura inaugural. Assim, e no âmbito do Projeto de animação da leitura “Ler com Prazer” os pequenos utilizadores da BE vibraram com A Filha do Grufalão de Julia Donaldson e ilustrado magistralmente por Axel Scheffler. A deliciosa e irresistível continuação de O Grufalão, livro vencedor do Prémio Smarties para o melhor livro infantil editado no Reino Unido e do Prémio Blue Peter Award para o melhor livro para ler em voz alta, traz-nos a aventura de uma grufalinha que ignorando os avisos do pai Grufalão se aventura na escura floresta a fim de confirmar a existência do Grande-Rato-Mauzão! Para além de metaforicamente abordar o tema da desobediência infantil e da necessidade de as crianças testarem os seus próprios limites, esta irresistível história também ensina o valor da inteligência sobre a força bruta. De destacar ainda a força das mensagens plásticas que apelam à evasão e ao sonho.
E claro que a vinda destes nossos pequenos leitores teria de ser brindada com uma sessão de leitura inaugural. Assim, e no âmbito do Projeto de animação da leitura “Ler com Prazer” os pequenos utilizadores da BE vibraram com A Filha do Grufalão de Julia Donaldson e ilustrado magistralmente por Axel Scheffler. A deliciosa e irresistível continuação de O Grufalão, livro vencedor do Prémio Smarties para o melhor livro infantil editado no Reino Unido e do Prémio Blue Peter Award para o melhor livro para ler em voz alta, traz-nos a aventura de uma grufalinha que ignorando os avisos do pai Grufalão se aventura na escura floresta a fim de confirmar a existência do Grande-Rato-Mauzão! Para além de metaforicamente abordar o tema da desobediência infantil e da necessidade de as crianças testarem os seus próprios limites, esta irresistível história também ensina o valor da inteligência sobre a força bruta. De destacar ainda a força das mensagens plásticas que apelam à evasão e ao sonho.
Mais uma vez
os nossos visitantes foram brindados com marcadores de livros que esperamos que
sirvam também para marcar nas suas memórias o prazer da leitura, dando-se assim
os primeiros passos conducentes à meta primordial de toda e qualquer Biblioteca:
a formação de leitores!
Vejam aqui
alguns dos trabalhos resultantes:
A Filha do Grufalão - Educadora Paula Germano - CE N.º 2
Manuel António Pina (1943-2012)
19 Outubro, 2012
[AOS MEUS LIVROS]
Chamaram-vos tudo, interessantes, pequenos, grandes,
ou apenas se calaram, ou fecharam os longos ouvidos
à vossa inútil voz passada
em sujos espelhos buscando
o rosto e as lágrimas que (eu é que sei!)
me pertenciam, pois era eu quem chorava.
Um bancário calculava
que tínheis curto saldo
de metáforas; e feitas as contas
(porque os tempos iam para contas)
a questão era outra e ainda menos numerosa
(e seguramente, aliás, em prosa).
Agora, passando ainda para sempre,
olhais-me impacientemente;
como poderíamos, vós e eu, escapar
sem de novo o trair, a esse olhar?
Levai-me então pela mão, como nos levam
os filhos pela mão: sem que se apercebam.
Partiram todos, os salões onde ecoavam
ainda há pouco os risos dos convidados
estão vazios; como vós agora, meus livros:
papéis pelo chão, restos, confusos sentidos.
E só nós sabemos
que morremos sozinhos.
(Ao menos escaparemos
à piedade dos vizinhos)
[Poesia, Saudade da Prosa - uma antologia pessoal, Assírio & Alvim, 2011]
Fotografia de Pedro Loureiro
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
sábado, 23 de junho de 2012
sábado, 19 de maio de 2012
Invisível para os olhos
A Oficina começou pois com o visionamento de um Powerpoint sobre o inventor da escrita
em Braille: Louis Braille. Através deste PowerPoint
os alunos e alunas tiveram a oportunidade de conhecer a história do menino que
ficou conhecido por trazer a luz ao mundo da escuridão.
Num segundo momento, os alunos escutaram atentamente a
leitura de alguns dados sobre a vida deste génio feita pela nossa convidada,
podendo aperceber-se da velocidade com que os seus dedos liam pelo papel. Parece
inacreditável mas um cego
experiente pode ler duzentas palavras por minuto.
A seguir veio um pequeno jogo de
adivinhação: todos de olhos vendados, e por entre risadinhas, tocaram em objetos
e tentaram adivinhar em que consistiam, uma tarefa que se revelou menos fácil
do que parecia inicialmente.
Esta maravilhosa sessão terminou com a leitura
de um excerto de O
Principezinho de Antoine de Saint-Exupéry
que os alunos escutaram sem pestanejar.
terça-feira, 15 de maio de 2012
LER ÀS ESCURAS
Algum tempo com uma pessoa invisual
Na passada sexta-feira, dia onze de Maio de 2012, foi uma senhora invisual à nossa Biblioteca Escolar. Ela começou a ficar cega gradualmente, ou seja ficou a ver cada vez menos até que ficou totalmente invisual. Quando isso aconteceu ela foi frequentar uma escola de Braille em Lisboa.
Braille é um abecedário inventado pelo francês Louis Braille, no século XIX, o qual permitia às pessoas privadas de visão conseguirem ler. A célula Braille é formada por seis pontos distribuídos em duas colunas de três pontos e existem mais de sessenta combinações para formar o abecedário e a pontuação. O pai de Louis Braille trabalhava com objetos cortantes e pontiagudos. Louis sonhava ser como o pai. Um dia Louis experimentou uma ferramenta e esta saltou-lhe das mãos e acertou-lhe no olho esquerdo causando uma infeção que alastrou para o olho direito ficando totalmente cego.
Como as letras ocupavam muitas páginas de livros e saía muito caro imprimi-los, resolveu inventar caracteres em relevo chamado Braille. Na Biblioteca Escolar ouvimos a D.ª Nazaré Pestana a contar-nos uma história em Braille. Fizemos também um jogo em que tínhamos de entregar o nome de alguém em braille à pessoa com esse nome. Fizemos um jogo em que tivemos de descobrir o que era algo com as mãos atrás das costas.
A Biblioteca Escolar e a Professora Sandra Pratas estão de parabéns, pois aprendemos muito sobre esta escrita e leitura e passamos a dar mais importância à nossa visão.
Alexandre Figueiredo 4º G do CE2
sexta-feira, 4 de maio de 2012
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Homenagem à Mãe do 4.º G
Os
nossos poemas do Dia
da mãe
No meu coração tão apertadinho,
Estou apaixonada por ti!
Amor de mãe e de filha
Há sempre um cantinho para a palavra mãe
Que é a mais bela de todas as palavras.
E o meu amor, por ela ser tão grande
Ocupa-me todo o meu pequeno coração.
Ana Gomes
Estou apaixonada por ti!
Amor de mãe e de filha
é que não falta. Se faltasse,
o que seria
de mim?
Ariana RamosPara ti, minha Mãe …
Mãe, tu criaste-me e
alimentaste-me,
por isso muito te devo.
És linda, inteligente, simpática e exigente.
És amiga… E a melhor Mãe do mundo!
Mãe, tu és a flor plantada há quase dez anos no meu jardim.
Ana Alves
Amo-te muito
Querida mãe
És a minha luz
E nunca te esquecerei
Alexandre Martins
Mãe, tu és a melhor mãe
do universo. Tu és como as manhãs
sempre belas. É por isso que te
Adoro.
Eduardo Aires
Minha querida,
Gosto muito
De ti. Tu és a
Melhor mãe do
Mundo.
Eu quero que
Tu sejas feliz
Para sempre,
Amo-te muito.
Tomás
Nazaré
À minha mãe:
Mãe tu és linda,
És especial,
És querida como ninguém.
Mãe, só posso dizer isto:
És linda sem igual.
És a melhor!!
Pedro Siopa
Querida mãe, és a flor
mais bela do meu coração.
Estarei sempre muito grato
pelo amor que me dedicas
Rui Silva
Mãe, este dia é só teu.
Eu adoro-te muito.
Tu és a melhor mãe
Que eu poderia ter.
Mãe, este é o teu dia
Tu dás-nos tudo
Tu és o meu sol.
M é de mãe
Q é de querida
E é de educação
S é de sol
A é de amor que sinto por ti.
Susana BarrosMinha mãe,
Minha querida mãe,
Hoje é o teu dia,
O dia da mãe!
Adoro-te e nunca serás esquecida,
Todos os dias me acordas,
Fazes de mim uma grande mulher,
Ajudas-me a aprender a bordar,
E também a costurar.
Inês Ascenso
Mãe, és linda todas as horas.
És bela todos os minutos,
És uma joia a todos os segundos,
Manuel Correia
A palavra mãe tem um significado muito forte,
A palavra mãe significa amor que elas nos têm,
A palavra mãe foi a primeira que aprendi no meu vocabulário.
Eu amo a minha mãe,
Ela é tudo para mim.
Soraia Januário
Querida mãe,
És a luz do meu coração.
Tu cuidas de mim
Com muito amor.
Tomás Guerreiro
Minha querida mãe,
Nunca te vou esquecer,
Ficas no meu coração,
Como uma rosa a nascer.
Leonor Fernandes
Querida mãe,
És a flor mais bonita do meu jardim,
Trago-te sempre no meu coração,
Desejo que neste dia sejas a mãe
Mais feliz do mundo.
Bernardo Silva
Mãe querida do meu coração,
Quero oferecer-te uma prenda,
Porque te amo e estás sempre,
Dentro do meu coração.
Maria Margarida
Mãe, és a minha flor,
E o meu grande amor,
És linda e simpática,
És a mãe mais fantástica.
Cuidas de mim e da minha vida,
És como uma flor florida no jardim que criaste.
Carlota FróisMãe, espero que o tempo não voe!
Pois quero agradecer-te,
E quero que tenhas o prazer de viver.
Filipa Alexandra
Mãe querida,
Eu sempre gostarei de ti.
Mas o principal
É que sempre te darei
O meu amor para toda a vida.
Rafael FigueiredoMãe querida
És o mundo
És a minha flor
És a paz
És uma mulher muito especial para mim.
Serei sempre grata.
Raquel Afonso
És linda, inteligente e muito forte,
Por isso escrevo-te este poema,
Para saberes o quanto te amo.
És a melhor mãe do mundo.
António Silva
Mãe, tu és tudo para mim,
Tudo o que tenho e sou
O devo a ti!
Mãe, tu fazes tudo para me veres feliz,
E ao fazeres isso, considero-te a minha heroína.
Mafalda Veiga
Mãe,
Tu és o meu amor,
E também a minha flor.
Hoje é o teu dia,
Por isso aproveita-o
Com muita alegria e energia.
Maria Inês
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