terça-feira, 11 de junho de 2013

Uma viagem no tempo com Vanda Furtado Marques

Através do reconto da história de O monge detetive na abadia de Alcobaça, Vanda Furtado Marques conduziu os alunos do 4.º ano do Centro Escolar N.º 2 de Rio Maior numa autêntica viagem no tempo até aos obscuros tempos medievais.
 
Sabe explicar a diferença entre um monge branco e um monge barbati? O que eram as ordens religiosas? Como se chamava o patrono da ordem de Cister? Qual o significado do escapulário que os monges envergavam? Qual a função das gárgulas no cimo das igrejas e conventos para além da de escoar a água? Qual a origem concreta da expressão sangue azul? Para que serviam as siglas, ou pedras que chegam a ter quinhentos sinais, na construção de abadias e mosteiros? Onde se aplicavam as iluminuras nos códices de pergaminho?
 
Todas estas respostas nos foram dadas no dia 11 de Junho de 2013 pela escritora Vanda Furtado Marques que gentilmente acedeu ao nosso convite para dinamizar uma sessão de promoção do livro e da leitura tendo por base a sua obra O monge detetive na abadia de Alcobaça.

Brilhante contadora de histórias, Vanda Furtado Marques aproveita a sua formação enquanto docente para enriquecer com pormenores históricos as suas narrativas.
 
A narrativa tem como personagem principal Filipe, um jovem monge noviço cisterciense, que sonha ser cavaleiro e partir para terras longínquas e cujo imaginário se centra nos cavaleiros da Távola Redonda e do Rei Artur.

O bravo e nobre Filipe acaba por cumprir o sonho de um destino especial ao embarcar numa série de excitantes aventuras que envolvem uma caça ao maior tesouro da Península Ibérica - onde não faltam enigmas para decifrar, preciosos pergaminhos, livros mágicos que só se deixam ler pelos que têm coração puro, mecanismos e passagens secretas, perseguições, visões místicas e profecias, e até personagens históricas como D. Nuno Álvares Pereira -, e culminam na descoberta de um golpe do Rei de Castela para assassinar D. João I.
 
Dentre as muitas lições de história que estas sessões proporcionaram aos nossos alunos, ficou ainda perene o valor inestimável dos livros enquanto relicários imutáveis da memória. Também, e dá que pensar, a ideia de que nós não escolhemos os livros mas que estes escolhem os seus guardiões.


domingo, 2 de junho de 2013

“Bons-dias maria teresa até depois”



“Que por todos se faça a poesia", primeiro verso do “Primeiro Poema de Madrid” do livro Transporte no Tempo, seria o mote para uma sessão sobre a poesia do grande Poeta Ruy Belo no dia 15 de maio de 2013 e que teria como convidada de honra a Dr.ª Maria Teresa Marques Belo, a sua “única viúva”- um encontro proporcionado pela Vereadora da Educação e Cultura de Rio Maior, Dr.ª Sara Fragoso.

Dado o avançado da hora, a ideia comum mas que ninguém ousava avançar era a de que já não viria. Maria Teresa, como preferiu ser chamada, chegou ao Centro Escolar Poeta Ruy Belo, assim batizado em homenagem ao mais ilustre filho da terra, com cerca de uma hora de atraso que atribuiu ao rebuliço chuvoso da capital, mas deteve-se sem pressas numa pintura no átrio do edifício que dá as boas vindas a todos os que chegam: “Se foste criança diz-me a cor do teu país/ Eu te digo que o meu era da cor do bibe/ e tinha o tamanho de um pau de giz/” Quis saber que boneca era aquela que ladeava estas “proposições com crianças”. Apresentámos-lhe a Bela, a mascote e logótipo do Centro de São João da Ribeira e também da Biblioteca Escolar… E Bela, em homenagem a Belo… foram as crianças que escolheram, houve uma votação e tudo… Maria Teresa fez um sorriso tão inocente e tão feliz que imediatamente vislumbrámos a menina que habitava nos seus cerca de setenta anos.


 
A sessão começou com uma sucinta descrição dos factos sumários da vida e obra de um dos maiores poetas da segunda metade do século XX, após o que se iniciou uma tentativa de definição dessa “arte pouco significativa no nosso tempo” a que chamamos poesia ou género poético.

Segundo Sophia, “Um poema foi sempre um círculo traçado à roda duma coisa, um círculo onde o pássaro do real fica preso.” E António Aleixo explicava: “Os meus versos o que são?/ Devem ser, se os não confundo,/ pedaços do coração/ que deixo cá neste mundo./” Para Ruy Belo porém “a poesia é, ao fim e ao cabo, uma aventura da linguagem”. Em “Prince Caspian” Belo descreve essa aventura como “…uma loucura de palavras/espectáculo de folhas e poema/”. Para Ruy belo, o poeta é alguém que “ombro a ombro com os oprimidos”, “empunha a palavra como uma enxada, como uma arma”, “alguém que procura na linguagem um contorno para o silêncio que há no vento, no mar, nos campos.” E nesta asserção se conclui que Ruy Belo o foi de corpo inteiro a partir do momento em que fez da poesia a sua maior razão de viver e que imolou o seu“coração à palavra”.

“ A muito poucas pessoas que não eu deve - assim o espero- importar a minha vida particular, coisa que não gostaria de ter mas que afinal tenho,…” escreveu em tempos Ruy Belo, mas estava enganado. Para as crianças que queriam ver de perto a mulher que conviveu intimamente com o Poeta, esse ser assombroso com um pé nas estrelas mas ligado pelo sangue à terra, o mais importante não era conhecer o percurso académico de um doutor em direito canónico e licenciado em Filologia Românica. Era ela então a musa inspiradora de todos os seus versos? Não, o Ruy, para ela era apenas o Ruy, disse como que justificando aquelas intimidades com o Poeta, teve outras musas, o que também faz parte da liberdade do poeta, do seu direito a viver outras paixões ainda que platónicas. As crianças, ainda pouco familiarizadas com o conceito de sujeito poético, coçaram o nariz. Com a sua candura e paciência burilada por muitos anos de experiência como Professora, Maria Teresa lá as convenceu, com palavras simples, de que o poeta é, de facto, um fingidor.


Quais os poemas que lhe dedicou? “Elogio a Maria Teresa” foi um deles. Qual o seu poema ou poemas favoritos? “Muriel” e “Tu estás aqui”. Quais as profissões de Ruy Belo? Advogado, Ensaísta, Tradutor, Chefe de Redação da Revista Rumo, Diretor Literário da Editorial Aster, Professor, mas sobretudo Poeta! Quantos livros publicou, e quando, e onde, e em verso ou em prosa? As crianças não baixavam os braços e as perguntas sucediam-se em catadupa. A tudo Maria Teresa respondia com prazer, com sinceridade, satisfeita com o retorno que as crianças lhe devolviam. Como é viver sem o Ruy? Perante esta pergunta Maria Teresa calou-se, passou o olhar pelos livros que cobriam as estantes da Biblioteca e depois, sempre a sorrir, respondeu que devemos continuar a viver… e que uma das formas de mitigar as saudades é precisamente lendo a sua poesia. Infelizmente não houve tempo para saber tudo o que queríamos saber da vida particular do Ruy e da Teresa.
Os alunos do 4.º E, do 3.º C e do 3.º C en guise de homenagem à viúva de Ruy Belo preparam-lhe um pequeno recital de poesia onde foram declamados, entre muitos outros, e sem tropeçar nas letras, “Povoamento”, “Missa de Aniversário”, “Compreensão da árvore”, “Poema quase apostólico” de Aquele grande rio Eufrates; e “José o homem dos sonhos”, “E tudo isso era possível”, “O valor do vento” do livro Homem de Palavra(s).

De tantos versos lavrados no papel, palavras houve que ficaram longamente a retinir no espaço da Biblioteca: “morte, deus, folhas, homem, árvore, estações, primavera, palavras, chuva, cidade, manhã, dia, crianças, infância, coração, pássaros, mar. E o lexema “deus” muitas vezes com letra pequena, seguindo o desejo de mais um vencido do Catolicismo, de que “palavra alguma levante a cabeça no meio da frase, por mais carregada de sagrado que a história no-la tenha feito chegar”.
E solidão, muita solidão. A solidão do homem no meio da cidade. Sem dúvida a solidão terrível do homem que tem “o destino da onda anónima morta na praia”, que “vai só” e “não tem ninguém”. E a morte, sempre a morte, “o pensamento de deixarmos atrás de nós um corpo/ lembranças nossas em alguém vazios os lugares onde estivemos/”. A verdade é a morte e a morte é a verdade?

Uma outra surpresa reservada para a convidada foi a ilustração dos poemas recitados a partir da interpretação pessoal de cada um dos alunos do 4.º E. Maria Teresa voltou-se para trás e fez uma expressão de surpresa maravilhada como quem acaba de receber um tesouro. E de repente foi fácil vê-la como o poeta a viu: “… uma graça inesperada/ a surpresa da corça ou restos dessa raça/ que há em ti talvez um pouco mais que nas demais mulheres/ expressão sempre surpreendente da surpresa/ mesmo até para quem te conhece tão bem como eu te conheço/”.
Estávamos todos rendidos a Maria Teresa. Enquanto visitava as instalações algumas crianças correram atrás dela e entregaram-lhe poemas pueris onde viúva rimava com uva. Maria Teresa guardou-os cuidadosamente na carteira e disse: “Já tenho poemas!”! E depois riu com aquele riso claro que a água imita.
 
Na visita a São João da Ribeira estava ainda previsto um périplo pelos locais da infância de Ruy Belo. Junto à antiga escola primária que o poeta frequentou, e que agora também acolhe casamentos e batizados, não foi difícil regressar a um passado antes da morte. Assim que chegou Maria Teresa exclamou para a amiga que a acompanhava, “Vês Manaíra, gira a borboleta que se atira ao ar!” Certamente referia-se ao famoso poema Vat 69: “da torre que de sombra cobria a nossa infância:/ rodas no adro-gira a borboleta que se atira ao ar-/ jogo de berlinde o trinta e um/ pedradas nas cabeças nos ninhos nas vidraças/”.

Alguns dos versos do poema “ Quero só isso nem isso eu quero” do livro Toda a Terra decalcados num singelo painel de azulejo decoravam a fachada do edifício recuperado. Maria Teresa lamentou o facto de que um dos versos mais longos, que deveria começar a meio da linha seguinte, tivesse sido assumido como um novo verso. Um pormenor dirão muitos, mas a prova de que passados mais de trinta e cinco anos da sua morte, esta mulher “simples recôndita e surpreendente” sobre quem recaiu o nome do poeta, continua tão presente na sua morte como sempre esteve na sua vida. “…tu trocaste/a tua alegre vida irrequieta/ no único infeliz dos teus negócios/ por um poeta pobre velho e feio como eu/” e “Só tu me acompanhaste súbitos momentos/ quando tudo ruía ao meu redor/ e me sentia só e no cabo do mundo/” escreveu Ruy Belo em “Elogio de Maria Teresa” no livro Transporte no Tempo.

E com a graça inesperada da corça Maria Teresa pôs-se a apanhar flores silvestres, ali mesmo junto ao pátio da antiga escola, para de seguida as ir depositar na cama onde o Poeta dorme agora o seu "vasto sono horizontal". E de repente a paz: um cemitério embalado por colinas de verde e pelo silêncio do vento. Nenhuma outra identificação que não a sua própria poesia - “Trinta dias tem o mês/ e muitas horas o dia/ todo o tempo se lhe ia/em polir o seu poema/a melhor coisa que fez/ ele próprio coisa feita/ ruy belo portugalês/ Não seria mau rapaz/ quem tão ao comprido jaz/ruy belo, era uma vez./- lhe servia de epitáfio.  Extremamente discretos são os mortos, diria Belo.

A proximidade entre a escola e o cemitério encerrava uma ironia tão óbvia quanto esmagadora. E da sua cama austera que a terra tem vindo a reclamar para si, ouvidos mais atentos poderiam escutar a voz desta figura jacente: “Há entre as oliveiras sítio para o sol/ e a brisa da infância canta rindo nos ramos/entre o cheiro do giz e as canções da escola/ Deus é perto de mim como uma árvore.”.
O périplo culminou na visita à casa de infância de Ruy Belo, paredes meias com a antiga junta de freguesia de S.João da Ribeira, numa rua estreita que agora tem o seu nome. Que diria disto o Poeta, ele que que ironicamente escreveu em “Aquele grande rio Eufrates”: "vamos ao ponto de dar o nome de mortos às ruas/ como se os mortos não pudessem voltar a morrer/"? E em tempos também observou em Homem de Palavra(s): "Oh as casas as casas as casas/as casas nascem vivem e morrem/mudas testemunhas da vida/…elas morrem com a morte das pessoas/”. Determinada a contrariar esta sentença, Maria Teresa acalenta o sonho de transformar esta morada numa Casa-museu que pudesse também acolher escritores e estudiosos da obra de Ruy Belo, um sonho que dependerá das decisões do executivo municipal que poderá encontrar nela um polo de atração e desenvolvimento do próprio concelho.
 


Uma casa é a coisa mais séria da vida. Nas traseiras Maria Teresa apontou os resquícios da vida desta casa: a velha laranjeira carregada com “essas mesmas laranjas/ que mordemos em tempos ao chegar nas férias do Natal/”; a mina “onde molhámos nossos jovens pés/ e tirámos retratos para morrer mais uma vez/” e a grande figueira onde morreu o cão que teria tido direito a “sepultura com enterro e cruz e muitas flores/”; a adega e a casa do forno onde já não se sentia “o cheiro do jornal”…
Mas nesta quarta-feira sol dourado, a casa viveu e rangeu sob os nossos pés e na boca das crianças o Poeta regressou à terra onde um dia nasceu para nela morrer um dia para sempre. E à sua única viúva, o que poderemos dizer se não talvez, obrigada Maria Teresa, tu estiveste aqui!

Sandra Pratas e Sousa
Professora Bibliotecária

terça-feira, 23 de abril de 2013

23 de Abril - Dia Mundial do Livro

Para celebrar a "poética misteriosa que vem nos livros", deixo-vos com um texto magistral do grande escritor João de Melo.
 
 
BARCELONA, A CIDADE DOS LIVROS
 

A 23 de Abril de cada ano, dia do livro e de Sant Jordi, patrono da Catalunha, todos os caminhos da festa e do sonho vão dar a Barcelona. Os livros saem à rua, levados pelos livreiros e pelos editores. Desfilam à proa de grandes medas, sobre bancas alinhadas e que se estendem ao longo do passeio público. Abrem-se bibliotecas, escolas e instituições de cultura às contínuas multidões de leitores que deslizam por ali ao som da música “callejera” e de vozes que cantam ou apregoam os indecifráveis comércios de tudo o que se compra e vende nos dias de Barcelona. Há uma espécie de bramido de mar e vento salgado na confusão desses rumores. Espreita-se o recital de poesia à porta das livrarias mais conhecidas, dá-se passagem a figuras alegóricas da literatura em desfile pelo passeio central da Rambla, assiste-se à aparição de personagens ressuscitadas das páginas dos livros e à encenação de episódios que toda a gente identifica ou intui a partir das suas próprias leituras. É sobretudo nas alegres Ramblas que se concentram as figuras de carne e osso dos livros, mas não só. Aí estão os poetas e os escritores a autografar as suas obras, a receber mãos e beijos agradecidos, a polir o ego tímido com sorrisos e elogios murmurados ao ouvido. Faz parte da tradição e da liturgia que as damas ofereçam livros aos cavalheiros, e que estes lhes retribuam com rosas. O certo é que se trata de uma das festas mais felizes do ano em Espanha (observada, aliás, em praticamente todas as suas cidades, mas com graus de incidência variáveis), porque vibra no ar e na carne de toda a gente algo como um orgulho pessoal acerca da literatura. Como se todos nela celebrassem a beleza do mundo, o princípio da vida, o género humano e o privilégio da língua e da palavra.

Também a literatura pode mover-nos em torno de uma visão subjectiva, referencial, centrada ora no presente ora na intemporalidade de Barcelona. Os seus poetas são outrossim os seus cantores. Ouço-os nos meus próprios passos: as suas vozes batem o silêncio ao crepúsculo, atravessando comigo o Bairro Gótico. Se passeio ao fim da tarde pela orla marítima, no porto, ao longo do corpo salgado, grosso e cavo do Mediterrâneo catalão, vislumbro logo a figura de Dom Quixote de la Mancha a chegar ali, trazido pela mão de Miguel de Cervantes para conhecer o mar, num dos capítulos mais poéticos que ainda hoje se podem ler sobre uma cidade tão literária como esta. E quando desço ou subo as Ramblas, vendo milhões de pássaros de todas as cores dentro das gaiolas, floristas com mãos doces e olhos pálidos, músicos e artistas de rua nos seus números, é por dentro de outros livros que viajo: por exemplo, numa página de «A Cidade dos Prodígios», de Eduardo Mendoza; ou numa outra de «A Sombra do Vento», de Carlos Ruiz Zafón (onde Barcelona assume a poética misteriosa da vida que vem nos livros). Movo-me nas “Últimas Tardes com Teresa” e nos “Rabos de Lagartixa”, dois livros de Juan Marsé; e nas páginas de um romance simples, acerca de tudo, que se chama “Nada”, de Carmen Laforet. Movo-me também num dos magistrais «Doze Contos Peregrinos», de Gabriel García Márquez, dedicado a Barcelona, cuja geografia suburbana me anuncia o vento e os caminhos do grande feitiço, assim como a música das suas palavras. Mas existem páginas inesquecíveis nos livros cheios de bares e esplanadas de Terenci Moix, Enrique Vila-Matas, Manuel Vázquez Montalbán, Rosa Regàs e Pedro Zarraluki. Porém, quando vagueio ao acaso das ruas de Barcelona (ao acaso das vozes, dos odores, do peso rigoroso das coisas à tona dos meus cinco sentidos) - é aí, profundamente, totalmente, a cem por cento, que me sinto a bordo de um livro único: «A Praça do Diamante”, de Mercé Rodoreda. A escritora por antonomásia de Barcelona. Mercé está para a Catalunha como Flannery O’Connor para a América e Virginia Woolf para o Reino Unido. Quero dizer: o universo inteiro de qualquer literatura. Benditas sejam portanto as pessoas felizes que lêem e que vivem em Barcelona, a cidade dos sonhos e das palavras, cidade da vida que inspira a memória poética da literatura - e que, por sua vez, também a inspira e a explica!
 
João de Melo é um escritor ´Português nascido em 1949 nos Açores.


Prémios
  • Prémio Dinis da Luz (com o romance O Meu Mundo não é deste Reino)
  • Prémio Associação Cultural (com contos Entre Pássaro e Anjo)
  • Grande Prémio do Romance e Novela da A.P.E (com o romance Gente Feliz com Lágrimas
  • Prémio Eça de Queirós da Cidade de Lisboa
  • Prémio Cristóbal Colón das Cidades Capitais Ibero-Americanas (Lima, Peru)
  • Prémio Fernando Namora (Prémio Antena 1 de Literatura)


terça-feira, 19 de março de 2013

Dia 21 de março - Dia Mundial da Poesia


A invenção do amor












Em todas as esquinas da cidade
nas paredes dos bares à porta dos edifícios públicos nas
janelas dos autocarros
mesmo naquele muro arruinado por entre anúncios de apa-
relhos de rádio e detergentes
na vitrine da pequena loja onde não entra ninguém
no átrio da estação de caminhos de ferro que foi o lar da
nossa esperança de fuga
um cartaz denuncia o nosso amor


Em letras enormes do tamanho
do medo da solidão da angústia
um cartaz denuncia que um homem e uma mulher
se encontraram num bar de hotel
numa tarde de chuva
entre zunidos de conversa
e inventaram o amor com carácter de urgência
deixando cair dos ombros o fardo incómodo da monotonia
quotidiana

Um homem e uma mulher que tinham olhos e coração e
fome de ternura
e souberam entender-se sem palavras inúteis
Apenas o silêncio A descoberta A estranheza
de um sorriso natural e inesperado

Não saíram de mãos dadas para a humidade diurna
Despediram-se e cada um tomou um rumo diferente
embora subterraneamente unidos pela invenção conjunta
de um amor subitamente imperativo


Um homem uma mulher um cartaz de denúncia
colado em todas as esquinas da cidade
A rádio já falou A TV anuncia
iminente a captura A polícia de costumes avisada
procura os dois amantes nos becos e avenidas
Onde houver uma flor rubra e essencial
é possível que se escondam tremendo a cada batida na porta
  fechada para o mundo

É preciso encontrá-los antes que seja tarde
Antes que o exemplo frutifique Antes
que a invenção do amor se processe em cadeia
Há pesadas sanções para os que auxiliarem os fugitivos


(...)
Fechem as escolas Sobretudo
protejam as crianças da contaminação
uma agência comunica que algures ao sul do rio
um menino pediu uma rosa vermelha
e chorou nervosamente porque lha recusaram
Segundo o director da sua escola é um pequeno triste inexplicavelmente
dado aos longos silêncios e aos choros sem razão
Aplicado no entanto Respeitador da disciplina
Um caso típico de inadaptação congénita disseram os psicólogos
Ainda bem que se revelou a tempo Vai ser internado
e submetido a um tratamento especial de recuperação
Mas é possível que haja outros É absolutamente vital
que o diagnóstico se faça no período primário da doença
E também que se evite o contágio com o homem e a mulher
de que fala no cartaz colado em todas as esquinas da cidade

Está em jogo o destino da civilização que construímos
o destino das máquinas das bombas de hidrogénio das normas de discriminação racial
o futuro da estrutura industrial de que nos orgulhamos
a verdade incontroversa das declarações políticas

...

É possível que cantem
mas defendam-se de entender a sua voz Alguém que os escutou
deixou cair as armas e mergulhou nas mãos o rosto banhado de lágrimas
E quando foi interrogado em Tribunal de Guerra
respondeu que a voz e as palavras o faziam feliz
lhe lembravam a infância Campos verdes floridos
Água simples correndo A brisa das montanhas
Foi condenado à morte é evidente É preciso evitar um mal maior
Mas caminhou cantando para o muro da execução
foi necessário amordaçá-lo e mesmo desprendia-se dele
um misterioso halo de uma felicidade incorrupta

...

Procurem a mulher o homem que num bar
de hotel se encontraram numa tarde de chuva
Se tanto for preciso estabeleçam barricadas
senhas salvo-condutos horas de recolher
censura prévia à Imprensa tribunais de excepção
Para bem da cidade do país da cultura
é preciso encontrar o casal fugitivo
que inventou o amor com carácter de urgência

Os jornais da manhã publicam a notícia
de que os viram passar de mãos dadas sorrindo
numa rua serena debruada de acácias
Um velho sem família a testemunha diz
ter sentido de súbito uma estranha paz interior
uma voz desprendendo um cheiro a primavera
o doce bafo quente da adolescência longínqua





Daniel Filipe
A Invenção do Amor e Outros Poemas
Lisboa, Presença, 1972




DANIEL FILIPE


Em 1925 nasceu Daniel Damásio Ascensão Filipe na ilha da Boavista, em Cabo Verde.

Ainda criança, veio para Portugal onde fez os estudos liceais. Poeta, foi colaborador nas revistas Seara Nova e Távola Redonda, entre outras publicações literárias. Combateu a ditadura salazarista, sendo perseguido e torturado pela PIDE.

Num curto espaço de tempo, a sua poesia evoluiu desde a temática africana aos valores neo-realistas e a um intimismo original que versa o indivíduo e a cidade, o amor e a solidão.

Faleceu em 1964 em Cabo Verde.





Algumas obras:

Poesia

Missiva (1946)
Marinheiro sem Terra (1949)
Recado para a Amiga Distante (1956)
A Ilha e a Solidão (1957)
A Invenção do Amor (1961)
Pátria, Lugar de Exílio (1963)


ProsaO Manuscrito na Garrafa (1960)


sexta-feira, 8 de março de 2013

Exposição NA ROTA DAS PALAVRAS


Vencedoras do Concurso de Desenho da Semana da Leitura 2013

Karina Zavinska do 2.º B do Centro Escolar N.º 2 foi a grande vencedora do concurso de desenho inserido nas atividades da Semana da Leitura 2013.

                                                              Parabéns Karina!!!




Apreciem aqui a sua ilustração:






Soraia Santos, aluna nº 15, do 1.º B da EBI Fernando Casimiro Pereira da Silva arrecadou o 2.º Lugar! 
   

                                                   Parabéns Soraia!!!






O terceiro lugar foi para a Lúcia Santos da Fonseca, aluna do 2.º B do Centro Escolar Poeta Ruy Belo de São João da Ribeira.
                                                   Parabéns Lúcia!!!















Relembramos que todos os participantes receberão um certificado de participação  Mais, os participantes que não viram os seus trabalhos premiados terão ainda a oportunidade de ver as suas ilustrações em marcadores de livros a distribuir no terceiro período.

 A BE agradece a participação de todos os concorrentes!

Vencedora do Concurso de Escrita Criativa da Semana da Leitura 2013

Maria Sousa do 4.º E do Centro Escolar Poeta Ruy Belo foi a feliz vencedora do Concurso de Escrita Criativa da Semana da Leitura 2013 destinado a todos os alunos do 3.º e 4.º anos do Agrupamento Fernando Casimiro Pereira da Silva.


Muitos parabéns Maria!!!

Agradecemos igualmente o empenho de todos os alunos participantes.



 Clica nesta imagem se quiseres ler o texto vencedor:

 

quinta-feira, 7 de março de 2013

RIO MAIOR PARA PARA LER!

 

Dia 8 de Março às 11.00h

Proposta de leitura e reflexão em sala de aula sobre um texto alusivo ao tema do Mar.

 
Conforme proposta aprovada pela Rede de Bibliotecas do Concelho de Rio Maior, propõe-se para a 7ª Edição da Semana da Leitura, a realização de uma atividade conjunta no concelho, com a designação de "Rio Maior para para ler".
 
Pretende-se que à mesma hora, em todas as instituições públicas e privadas do concelho, crianças e adultos se dediquem à fruição do prazer da leitura, assinalando-se também de forma simbólica o fecho da Semana Nacional de Leitura. 

 

Propostas de leitura para o Pré-Escolar/JI e 1.º Ciclo:

Sugerimos a todos os Educadores e Professores que pelas 11.00h do dia 8 de março de 2013, procedam à leitura de O Nadadorzinho de Leo Lionni (Jardim de Infância) e O dia em que o mar desapareceu de José Fanha ( 1.º Ciclo).

 


domingo, 3 de março de 2013

O Mar dos Açores por João de Melo

Do cimo da ilha da minha infância, via-se o mar: não era plano nem azul, nem tão parado como agora; e não tinha, nas sempre breves e chuvosas tardes de Inverno, a cor plúmbea com que por vezes se assemelha ao aço das lâminas de barba. O meu era um mar branco e oblíquo, e subia das pedras negras da costa até às faldas que ficavam no limite extremo do firmamento. Para se sair da ilha, era necessário trepar pelas águas acima, como numa ascensão; para a ela regressar, devia descer-se na perpendicular de um eixo marítimo e terrestre. Havia, nessa forma peculiar de ver a geografia que então me cercava, não uma ilusão de óptica, mas antes uma presciência poética que parecia já anunciar-me um “desejo” de literatura.

Muito revolto se me afigurava o mar, e furiosamente picado pela mordedura de umas cobras marinhas a que chamávamos moreias; branco da sua própria braveza, tanto quanto da saliva delas. Fora-me proibido ir conhecê-lo de perto, apesar de lhe morar bem à vista e de ser em mim grande a ansiedade de escutar os seus passos de animal acorrentado e de provar o sal dos seus segredos. De modo que, quando tal finalmente aconteceu, foi-me muito elementar vivê-lo à margem dos sentidos - com a arte do sonho e com aquela virtude que dá pelo nome de «imaginação».
Passavam ao largo grandes e luxuosos navios brancos - com as fumegantes chaminés amarelas e os pavilhões enfunados pelo vento. Levavam os tombadilhos cheios de pessoas invisíveis - supondo eu ver cabeças minúsculas no convés e mãozinhas com lenços a acenar, em despedida. Acreditava até que ouvia os prantos e os suspiros dessa gente feliz com lágrimas que ia sempre em direcção à América.

Uma vez por outra, correspondia aos seus acenos, sentado na terra e no tempo da minha infância. Ficava, horas sem fim, a ver extinguirem-se os navios, perdendo-se ao longe ou entrando pelo céu dentro, lá onde findava o mar da minha vista: devia haver ao alto uma qualquer passagem secreta para o Paraíso, quem sabe se uma porta para o coração do universo.
Um dia, aconteceu-me também a mim subir ao convés de um navio, vogar à bolina, ver a ilha ficar para trás, cada vez mais longe, mais parada na distância, até se extinguir. No meu espírito, porém, ela crescia na razão inversa desse afastamento físico - o bastante para a reter em mim pela sua existência tangível e pelo imaginário da literatura. E então eu vi quanto se iludira a minha infância na ilha: afinal o mar nada tinha de oblíquo nem de redondo; tão-pouco era branco como a saliva das tais serpentes marinhas. E também, ao contrário do que supunha, não se colava ao firmamento na linha do horizonte. Nem era infinito. Tratava-se de mar plano, equidistante a tudo. Visto do alto dos navios, parecia até não ser um caminho de ida nem regresso a casa. A verdade é esta: no fim de todos os mares e oceanos, pode haver uma ilha muito grande à qual nós chamamos “continente”; ou haver uma porção de terra rodeada de mar - e ser ela apenas uma ilha-ilha-continente como outra qualquer. Porque tudo o que somos e sonhamos vem no mapa. E até os mapas existem para serem, como nós, espírito e obra da nossa alma.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Apresentação do Projeto SOBE nas BEs do AVFCPS

A Direção-Geral da Saúde, o Plano Nacional de Leitura e a Rede de Bibliotecas Escolares estabeleceram um protocolo de colaboração no âmbito da prevenção da saúde oral em Portugal, formalizado pelo projeto SOBE - Saúde Oral, Bibliotecas Escolares, ligando a saúde oral, a literacia e as Bibliotecas Escolares – que pretende chegar a, aproximadamente, um milhão de crianças e respetivas famílias.

Após a divulgação do Projeto por parte da Coordenadora Interconcelhia junto dos Professores Bibliotecários, que por sua vez reuniram com os Professores e Educadores do Agrupamento a fim de delinear estratégias para integrar a saúde oral nos projetos da escola e reforçar a ideia de que para além de ser um conteúdo transversal, a educação para a saúde é muito mais eficaz quando integrada de forma natural nas atividades normais da sala de aula em vez de ser apresentada fragmentada ou mencionada apenas na presença de profissionais da saúde oral, todas as Bibliotecas Escolares do Agrupamento Vertical Fernando Casimiro Pereira da Silva receberam um magnífico Kit SOBE.

O Kit foi já disponibilizado a toda a comunidade educativa e nele se podem encontrar para além de kits de escovagem, livros, cartas, CDs áudio, bem como guias de utilização para Professores e Educadores. De acordo co próprio site do Projeto SOBE, este “não é um simples conjunto de materiais para ficar esquecido numa estante da Biblioteca, não é uma caixa de escovas de dentes, nem um conjunto de "brinquedos" sobre saúde oral! O "Kit" SOBE é uma filosofia e um desbloqueador de projetos e ideias, é um "post-it" gigante para que os Jardins Infantis, as escolas, professores, educadores, alunos e pais se lembrem que a saúde oral é fundamental para a qualidade de vida...todos os dias. O conjunto de materiais que compõe o Kit pretende suscitar a vontade dos estudantes e os educadores para explorarem o mundo da saúde oral, de forma autêntica, com meios divertidos e favorecendo o cruzamento de vários domínios de competência e de conhecimentos. O objetivo final do projeto é permitir aos alunos e aos professores que, com pretexto no desenvolvimento deste programa de saúde oral, adquiram motivação extra para aprender e praticar a linguagem, a leitura, a escrita e as capacidades matemáticas e criativas.”




A apresentação deste Projeto inovador esteve a cargo do Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares – SABE- e realizou-se nos dias sete de fevereiro de 2013 no Centro Escolar N.º 2; catorze de fevereiro de 2013 na EBI Fernando Casimiro Pereira da Silva; e no dia 15 de fevereiro de 2013 no Centro Escolar Poeta Ruy Belo para turmas do 2.º e 3.º anos de escolaridade. A atividade começou com uma discussão sobre quais os cuidados a ter com a higiene oral e a sua importância para a saúde, após O Peixe do copo de dentes que queria nadar no mar de António Laranjeira. Com ilustrações cativantes, este livro recomendado pelo PNL e destinado a leitura autónoma e/ou leitura com apoio do professor ou dos pais, consiste numa deliciosa aventura sobre um menino que decide libertar o peixinho que vive no seu copo de dentes para que ele possa gozar o direito de ser livre.
o que se seguiu a animação do livro

O terceiro momento desta atividade consistiu na redação em pequenos grupos de histórias relacionadas com a temática da saúde oral com base nas personagens e localização espacial indicadas pelas cartas que também integram os Kits.






Relembramos que a DGS adquiriu 350.000 kits de Higiene Oral para distribuir pelas escolas e jardins- de-infância que tenham projetos de saúde oral, principalmente para aquelas instituições onde os alunos escovam os dentes diariamente nas suas instalações. Também, é bastante fácil participar neste projeto. Basta criar um projeto de escovagem dos dentes no jardim de infância ou escola, submeter essa ideia através do formulário que encontra na Bolsa de Projetos do site http://www.sobe.pt/ e aguardar pela resposta da DGS. Os projetos devem ter um parceiro da área da saúde pública (ACES, Centro de Saúde, ARS).


No site do Projeto SOBE, famílias, profissionais da saúde e da educação são convidados a explorarem o site, usarem os seus materiais, aderirem aos projetos, e levarem a saúde oral para dentro da sala de aula, uma vez que “Os alunos são elementos catalisadores das mensagens de promoção da saúde para os membros da família. E as escolas podem assumir a liderança na criação dessas mensagens para a visualização de saúde oral como parte integrante do processo de crescimento e aprendizagem dos estudantes".

Contribuir para o incremento da literacia dos nossos alunos e muni-los de competências e informação para uma melhor integração na sociedade atual são assim prioridades das Bibliotecas Escolares mas também de todos os Profissionais de Educação.
 
E claro, a escovagem de dentes na escola é Seguro, Oficial, Barato e Eficaz!

 
Confiram aqui as histórias criadas pelos alunos do 2.º B do AVFCPS:

Grupo 1:
 


Era uma vez uma menina que andava a saltar a corda. Esta menina chamava-se Mariana. Gostava muito de comer coisas doces: chocolates, gomas, bolos, pastilhas, gelados, rebuçados, smarties, e por isso andava com uma grande dor de dentes. A menina estava no jardim e chorava e chorava e chorava, até que apareceu uma linda FADA DOS DENTES com umas grandes asas:

_ O que tens minha menina?_ Perguntou a Fada dos dentes.

_ Tenho uma grande dor de dentes! – Respondeu a menina.

_ Eu vou ajudar-te. Vou dar-te este dentífrico mágico que veio da floresta e lá dentro há uma substância mágica que se chama flúor.

A menina começou a lavar sempre os dentes com a pasta mágica e a limpar bem os dentes com o fio dental. Sentiu-se muito bem da boca e fui brincar para a floresta com a dona da floresta que se chamava Flora.

E a partir daí começou a comer vegetais e fruta e muita água.

 
Moral da história: Devemos lavar os dentes depois das refeições e devemos evitar comer doces.

 Grupo 2:



O coelho foi até ao palácio e encontrou o ratinho, e na entrada do castelo encontrou o colutório mágico. O ratinho ofereceu o colutório mágico ao coelho. O coelhinho experimentou o colutório mágico e os seus dentes ficaram fortes e saudáveis. A partir desse dia passou a usar sempre o colutório mágico.

Vitória, vitória, acabou-se a história.

 Grupo 3:

 
 
Era uma vez um menino chamado Luís que entrou numa gruta e encontrou um monstro que estava preso. O monstro assustou-se e tentou sair da gruta mas o menino encontrou uma escova que era mágica, lançou um feitiço e o monstro saiu. O monstro agradeceu ao menino.

O Luís e o monstro ficaram amigos para sempre.
           Vitória, vitória, acabou-se a história
 

 Confiram aqui as histórias criadas pelos alunos do 3.º C do AVFCPS:


O terrível monstro verde

Era uma vez um terrível monstro verde com muito pelo, de um só olho, dois grandes chifres brancos, e uma grande bocarra para comer dentinhos de leite. O monstro vivia numa gruta muito mal cheirosa que havia no interior de dente de um menino.
Um dia veio uma fada dos dentes e encheu a gruta com um elixir mágico chamado colutório. O monstro derreteu e os dentes do menino voltaram a ficar todos brilhantes e branquinhos.
“Se não gostas de monstros doentes, lava os dentes”.

História de Micael, Hugo, Katiya, António e Beatriz


Uma grande dor de dentes


Num dia de sol um menino chamado Filipe foi comprar muitos doces e ficou cheio de dores de barriga e, como se não bastasse, ficou cheio de dores de dentes. Entretanto encontrou o Ratinho Dentinho que lhe disse que na Floresta havia uma Escova Mágica que estava escondida na toca de uma raposa.
O Filipe e o dentinho foram à procura da toca da raposa e quando lá chegaram viram a Escova Mágica a brilhar. O Filipe pegou na escova e lavou os dentes. Como que por magia ficou com os dentes brancos e brilhantes e a dor tinha passado.

 História de Diogo, Catarina, Daniel, Mário, Maria de Fátima e Beatriz.

O dentífrico Mágico

Era uma vez uma menina chamada Inês que vivia num palácio nas nuvens. A Inês tinha um coelhinho chamado Dentuças. Um dia o seu coelhinho acordou com uma grande dor de dentes. Depois a Inês foi buscar o dentífrico mágico e deu-o ao Dentuças. O coelhinho lavou logo os seus dentes, e como o dentífrico era mágico, o Dentuças ficou logo sem dor de dentes.

A partir deste dia o coelhinho lavou sempre os dentes com o dentífrico mágico e nunca mais teve dores de dentes.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Semana SeguraNet- de 4 a 8 de fevereiro de 2013

A Internet é um lugar fantástico onde podes falar com gente de todo o mundo e fazer novos amigos, aprender coisas sobre determinados assuntos e passar momentos divertidos mas que também encerra perigos vários.
Para poderes beneficiar de todas as vantagens da Internet, é fundamental que a utilizes em segurança.

Nesta semana em que se alerta para a segurança na Internet, aconselhamos-te a visitar o site da Seguranet, disponível em http://www.seguranet.pt/alunos.
A Seguranet foi criada com o objetivo de promover uma utilização esclarecida, crítica e segura da Internet, quer pelas crianças e jovens, quer pelas famílias, trabalhadores e cidadãos no geral.

No site da SeguraNet podes encontrar muita informação e atividades sobre a utilização segura da Internet.

Jogos SeguraNet para o 1.º Ciclo

Clica nesta imagem e testa aqui os teus conhecimentos sobre Segurança na Internet!

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

IV Concurso Cartas de Amor - de 14 de Janeiro a 4 de Fevereiro!

 
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

Álvaro de Campos, 21-10-1935

Consultem aqui as normas de participação:




Concurso para a criação de um logótipo - até 22 de Fevereiro de 2013

Está em curso a formalização da criação da Rede de Bibliotecas do Concelho de Rio Maior, cujo protocolo de cooperação deverá ser assinado brevemente pelos diretores dos parceiros aderentes. A rede concelhia deverá ter uma imagem institucional e uma plataforma digital em linha, com informação diversa e com o catálogo coletivo dos fundos documentais disponíveis.
 
Para associar a esta estrutura um logótipo, a Rede Concelhia lançou um concurso público aberto a todos os interessados e cujo prazo de entrega dos trabalhos, termina no dia 22 de fevereiro de 2013.
 
Relembramos que ao melhor trabalho será atribuído prémio constituído por 4 entradas na Feira das Tasquinhas de Rio Maior e por um vale de compras no valor de 100 €, na papelaria Feti, em Rio Maior.

Consultem aqui o Regulamento.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Os sete magníficos!

Um especial agradecimento aos monitores do Centro Escolar N.º 2 pela sua colaboração sobretudo na organização e no apoio aos utilizadores da BE.